Educação

  • Apresentação em Painel 

Compreensão e representação: desastre ambiental de Mariana na visão de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental.

Renata Ballego Barreiros <re_ballego@hotmail.com>, Carlos Eduardo Fortes Gonzalez, Letícia Knechtel Procopiak, Ronualdo Marques.UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. PPGFCET - Programa de Pós-graduação de Mestrado em Formação Científica, Educacional e Tecnológica

O seguinte trabalho foi realizado em instituição pública municipal de Curitiba. Trata-se de uma breve sequência didática para abordar o acontecimento de Mariana, Minas Gerais, onde em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão da mineradora Samarco rompeu-se, causando uma grande enxurrada de lama que provocou uma grande devastação socioambiental. Além das perdas humanas e materiais, a lama que escapou provocou um grave impacto ambiental, amplamente divulgado pela mídia na época, possibilitando articulações com a Educação Ambiental de forma significativa. Para a realização dessas atividades utilizou-se uma reportagem publicada no Portal Brasil Escola; cada aluno realizou uma leitura e análise fotográfica, de forma individual e antes da discussão subsequente. O texto foi então lido coletivamente, enfatizando a interpretação e a compreensão do acontecimento através dos conhecimentos prévios dos alunos, como conceitos de assoreamento e cadeia alimentar. Paralelamente ao debate, buscou-se introduzir os alunos a questões como excessiva extração de recursos naturais do planeta, trazendo prejuízos para a natureza, para animais e seres humanos, antes mesmo do derramamento da lama. Em contraponto, abarcou-se também questões econômicas e outros aspectos que levam o homem a transformar a natureza. O encaminhamento exigiu que os alunos descrevessem seus conhecimentos sobre o rompimento da barragem, antes e depois dessa aula. Ao analisar suas respostas, observou-se que utilizaram vocabulário mais adequado para descrever o fato, substituindo, por exemplo, a expressão "encheu o rio de lama" por "a grande quantidade de lama causou assoreamento do rio", ampliaram a perspectiva do impacto, considerando o desencadeamento de problemas nas cadeias alimentares. Por fim, representaram o que aprenderam através de desenhos que demonstraram bom entendimento daquela ocorrência e dos consequentes impactos socioambientais.

Origem do Universo: Uma abordagem para o ensino por meio de mapasconceituais.

Silvia André Oliveira da Silva, <silviasuca@hotmail.com>, Juliana Dissenha Bürer Rengel, Carlos Eduardo Gonzales. UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba. PPGFCET- Programa de Pós-graduação de Mestrado em Formação Científica, educacional e Tecnológica.

Este resumo retrata a pesquisa realizada com estudantes de uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental e de uma turma da Educação de Jovens e Adultos - EJA, na qual utilizou-se a construção de mapas conceituais, técnica desenvolvida por Joseph D. Novak e seus colaboradores, como instrumentos de avaliação no estudo do tema focal origem do universo. Buscando verificar a aprendizagem dos estudantes de acordo com a teoria da Aprendizagem Significativa de David Paul Ausubel, foram produzidos pelos estudantes mapas conceituais sobre o tema focal, o que possibilitou algumas análises acerca da organização a apropriação de novos conhecimentos relacionados ao tema de estudo. Os mapas conceituais construídos demonstraram ser uma estratégia de ensino/aprendizagem e ferramenta avaliativa, além de criar possibilidades para a organização, reflexão e compreensão do conhecimento. De acordo com os objetivos da pesquisa, em analisar as assimilações e compreensões sobre o tema origem do universo, constatou-se que a turma de 6º ano conseguiu desenvolver os mapas conceituais seguindo os critérios descritos na pesquisa, bem como incorporando vários elementos extras aos mapas conceituais, como os mitos de criação. Torna - se evidente que para eles ainda não existe distinção entre o saber cientifico e o saber não científico, pois estão abertos para todas as formas de conhecimento. Analisando os mapas conceituais produzidos tanto pelo 6º ano quanto pela EJA fica claro que há uma enorme dificuldade quanto à utilização do espaço da folha A4 pelos alunos do 6º ano. Em contrapartida, para a EJA houve uma preocupação estética quanto a construção dos mapas, porém a falta de conhecimento e distanciamento dessa ferramenta pedagógica prejudicou na elaboração, no quesito mitos de criação, apenas o criacionismo apareceu, o que tornou evidente as concepções religiosas da turma. A presente pesquisa mostrou que mesmo não sendo algo recorrente em sala de aula, os mapas conceituais podem ser um aliado no processo ensino/aprendizagem, sendo um facilitador do processo de construção do conhecimento, uma vez que pode ser utilizado em inúmeras abordagens e diferentes conteúdos. Desta forma, entendemos que é de suma importância um maior número de investigações sobre o tema abordado nessa pesquisa, pois as mesmas poderão preencher lacunas ainda existentes e contribuir para a efetividade do ensino de Ciências.

Semana do Meio Ambiente e o resgate das brincadeiras tradicionais

Cintia Marcelo de Oliveira*, Raquel Lazzari Leite Barbosa, Gabriele Candido de Souza, Gisele Torsani. Universidade Estadual Paulista UNESP - FCL de Assis, Ciências Biológicas, cintiamoliveira@outlook.com*.

A arte de brincar é um ato que passou por modificações ao longo dos anos, sendo as brincadeiras tradicionais desvalorizadas e deixadas de lado devido o surgimento dos brinquedos eletrônicos, o que vem fragilizando a concepção de construção histórica da infância, levando ao abandono da prática. A assistência que se dá as crianças na infância também passa por modificações devido o contexto histórico e cultural, com isso, observa-se que as crianças estão passando por dificuldades, sendo a elas proporcionado um ensino precário devido suas condições financeiras. Assim, muitas abandonam a infância precocemente para trabalhar e garantir condições básicas em seus lares. Com o surgimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, garantiu-se o direito das crianças, no qual se destacava o brincar como uma atividade crucial para desenvolvimento da criança, atuando na criação de sua identidade e autonomia. O objetivo deste projeto foi de retomar algumas das brincadeiras tradicionais a fim de resgatar, dentro do ambiente escolar, o processo de socialização destas crianças, resgatando a importância das brincadeiras tradicionais, cruciais no desenvolvimento de uma criança mais ativa, curiosa e participativa, somado à necessidade de conscientizá-las sobre o Meio Ambiente. Assim, desenvolveu-se com os alunos do Ensino Fundamental II (6ºA e C) da E.E Dom Antônio José dos Santos, o jogo da "Batata Quente do Ciclo Hidrológico". Foi solicitado que cada aluno elaborasse questões sobre o ciclo hidrológico e então se direcionasse para o pátio da escola onde a brincadeira teve início. Um aluno escolhido deveria cantar a canção enquanto caminhava ao redor dos colegas sentados em roda. Ao tocar um dos seus colegas, este deveria responder a uma questão sorteada. Caso respondesse certo, poderia retornar ao seu assento, caso errasse, este deveria seguir o colega até alcançá-lo, como em uma tradicional brincadeira de "Batata Quente". No pátio da escola foi realizado também o jogo "Lixo x Meio ambiente" em que a turma foi dividida em dois times e, através de bolinhas de papel e sacolas plásticas, cada time devia manter seu território limpo enquanto outros alunos jogavam lixo no território vizinho. Ao final da brincadeira os alunos retornaram para a sala de aula onde realizou-se uma discussão o tema. Durante as atividades, os alunos mostraram-se interessados e participativos. Tal postura contribuiu para que os resultados de suas avaliações fossem satisfatórios indicando que houve uma real compreensão e aprendizagem dos temas propostos. Com a experiência de intervenção desenvolvida com os discentes, pode-se observar que as brincadeiras tradicionais são cruciais para o desenvolvimento da criança, seja social ou cultural.


  • Apresentação Oral

A relação do aluno com a Educação Ambiental no ensino formal.

Ronualdo Marques < ronualdo.marques@gmail.com>, Claudia Regina Xavier, Carlos Eduardo Carlos Gonzalez, Renata Ballego Barreiros, Silvia André Oliveira da Silva. UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. PPGFCET - Programa de Pós-graduação de Mestrado em Formação Científica, Educacional e Tecnológica.

Considerando que os alunos do ensino médio têm uma ótima receptividade à discussão dos temas ambientais e trazem para a sala de aula inúmeras informações do cotidiano que muitas vezes são tendenciosas, ou ainda, vinculadas a mídias que são financiadas por alguns interesses que lhes convém em relação à problemática ambiental, entende-se que a escola como espaço da construção do conhecimento deve utilizar estas informações de forma contextualizada trazendo para as disciplinas as necessárias reflexões e discussões para que este saber possa contribuir no desenvolvimento do senso crítico e analítico em relação ao meio ambiente. Nesse sentido o objetivo desta pesquisa busca investigar qual a importância da EA - Educação Ambiental no ensino formal das diversas disciplinas do currículo para a formação do senso crítico e analítico a partir de reflexões de informações sobre o Meio Ambiente. Isto contribuirá na formação participativa na sociedade, levando-se em consideração as dimensões socioculturais, ambientais, políticas e econômicas. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade social e ambientalmente justa, em um ambiente saudável. Para tal pesquisa foi realizado um questionário fechado contendo três questões baseado na Escala Likert com alunos do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. Xavier da Silva em Curitiba-PR, investigando se existe EA nas diversas disciplinas, bem como a importância da mesma no currículo acerca dos problemas ambientais e para a formação dos sensos críticos, analíticos e científicos para a construção da cidadania. Os resultados demonstram que os alunos gostariam que os problemas ambientais estivessem presentes nas discussões na sala de aula, inserindo-se a Educação Ambiental dentro das disciplinas do currículo para auxiliar na plenitude da formação educativa transformadora e emancipatória. Em determinada questão houve divergências em relação a ter ou não aulas onde se discorre sobre as questões Ambientais. 51% das respostas discentes afirmaram que às vezes tiveram aula de EA e 49% afirmaram que nunca tiveram aulas de EA. Conclui-se a partir deste estudo que é preciso que a Educação Ambiental esteja presente de forma implícita e explícita nos currículos para que os seus objetivos possam se concretizar nas ações individuais e na coletividade, construindo-se assim valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do Meio Ambiente.

CANTEIROS SUSTENTÁVEIS - A HORTA ESCOLAR E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Cristiane Aparecida de Pereira Lima<crisljor@gmail.com>,Danislei Bertoni, Ismael Chaicoski Oliveira, Carlos Eduardo Fortes Gonzalez.UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. PPGFCET - Programa de Pós-graduação de Mestrado em Formação Científica, Educacional e Tecnológica.

A prática da EA - Educação Ambiental, um dos desafios contemporâneos da relação CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), é uma atividade interdisciplinar em que diferentes atores sociais precisam se envolver a fim de promoverem a sustentabilidade por meio da conservação do meio ambiente. Isto se dá em uma realidade divergente que privilegia o industrialismo, intensifica o binômio "produção e consumo" e favorece o crescimento e o desenvolvimento econômico a qualquer custo. A EA deve ser exercida em todos os espaços educacionais, tanto formais como não formais. Assim, passa a ser vista como processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente. A prática da Educação Ambiental pode ser propiciada de diversas maneiras e a horta escolar se constitui como um espaço de relações socioculturais em que os estudantes entram em contato direto com o ambiente e tal contexto oportuniza a interação com o processo ensino-aprendizagem em Ciências. Neste sentido, com o intuito de aproximar os saberes científicos e o saber da comunidade, propôs-se para os meses de agosto a novembro de 2015, a ação de extensão "Canteiros Sustentáveis" que trabalha a horta escolar comunitária como possibilidade de Educação Ambiental no ensino de ciências, em parceria com o Programa Mais Educação do Governo Federal em implementação no Colégio Estadual do Campo João Francisco da Silva, localizado no distrito de Caetano Mendes, município de Tibagi - PR. Durante a realização da ação foram preparados canteiros, realizado o plantio de diferentes hortaliças, ao mesmo tempo em que se trabalharam temas relacionados ao meio ambiente, a saber: práticas de plantio e colheita, compostagem, reciclagem, alimentação saudável, preservação ambiental, entre outros. Ao vivenciarem esses momentos e participarem das experiências cotidianas dos canteiros sustentáveis no ambiente escolar, os estudantes ao mesmo tempo em que se conscientizaram sobre a necessidade emergente dessas práticas e compreenderam a realidade concreta, firmaram o compromisso com novas atitudes e ações práticas, simples; aceitaram o desafio de promoverem o diálogo entre os saberes científicos e populares conseguindo, assim, alguns deles, o desenvolvimento de canteiros sustentáveis em suas casas.

Mapeamento da demanda de profissionais biólogos em concursos públicos no biênio 2013- 2015.

BATISTA, R. M.; SOUZA, J. F.; ANDRADE, M. M. M. Raiane Mimi Batista, UNESP, Assis, Ciências Biológicas, raianemimib@gmail.com Joyce Faria de Souza, UNESP, Assis, Ciências Biológicas, fariajoyce60@gmail.com  Orientadora: Miriam Mendonça Morato Andrade, UNESP, Assis, Ciências Biológicas, mandrade@assis.unesp.br 

A graduação em Ciências Biológicas abre diversos caminhos ao profissional. Em um estudo com 88 egressos do curso de Ciências biológicas foi apontada, por parte do grupo, insatisfação quanto à oferta de vagas, à remuneração, à necessidade de experiência prévia e à concorrência com outros profissionais. Esta pesquisa teve como objetivo verificar o mercado de trabalho do biólogo. Para isto selecionamos 97 editais de concursos através da internet, usando as palavras chave: biólogo, concurso, edital e vaga. Foram incluídos editais para bacharel publicados entre 2013 e 2015, de instituições localizadas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste ou Sul do Brasil. O maior número de vagas foi oferecido pelos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, e por prefeituras municipais. Embora a maioria dos editais solicitassem exclusivamente biólogos (62,7%), outros profissionais também competiam pelos cargos. Jornadas de trabalho de 40 a 44 horas semanais foram mais comuns (64,95%). O piso salarial básico para 40 horas semanais concentrou-se na faixa entre 2 e 3 salários mínimos (sm) (51,5%) e entre 4 e 5 sm (30,9%). O conteúdo programático exigido foi diversificado, sendo 61,8% dos tópicos relacionados à área de Meio Ambiente e Biodiversidade, 34,4%, à área da Saúde e 3,8% à de Biotecnologia. Com isso vemos a necessidade de uma graduação abrangente, que possibilite o contato do graduando com as diversas áreas da biologia, e de ampliação de oportunidades de experiências profissionalizantes a fim do graduando preparar-se para seu futuro profissional.

O desenho de observação botânica no ensino sobre Briófitas e Pteridófitas

Juliana Dissenha Bürer Rengel &lt;ju_burer@yahoo.com.br &gt;, Mario Sérgio Teixeira de Freitas, José Marconi Bezerra de Souza, Carlos Eduardo Fortes Gonzalez. UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. PPGFCET - Programa de Pós-graduação de Mestrado em Formação Científica, Educacional e Tecnológica.

Atualmente, o ensino de Botânica nas escolas é centrado na memorização de nomes científicos, grupos de plantas e as partes que as constituem, fato este confirmado pelos livros didáticos com conteúdos teóricos específicos e complexos, cada vez mais distantes da realidade prática dos discentes, o que resulta em um cenário pouco interessante e produtivo para os alunos. A ilustração botânica, fruto de aulas de campo e da observação dos organismos vegetais, constitui-se em importante e potente ferramenta no ensino da Botânica, principalmente no que tange aos grupos mais basais como briófitas e pteridófitas, que não costumam despertar tanto interesse nos estudantes. Com o objetivo de avançar a discussão nesse campo, esta pesquisa baseou-se no desenvolvimento de uma intervenção didática que teve como objeto de estudo o ensino de briófitas e pteridófitas sob a perspectiva da ilustração botânica como metodologia para o ensino, com o escopo de estimular e aprofundar o conhecimento dos aprendizes em relação a estes grupos vegetais. Este trabalho foi desenvolvido por meio de aulas teórico-práticas ministradas em sala de aula e no laboratório de Ciências. Participaram deste estudo três turmas de alunos do 7º ano do Ensino Fundamental e uma turma da 2ª série do Ensino Médio no Colégio Integral em Curitiba-PR. Musgos e samambaias foram coletados pela professora e observados a olho nu e ao microscópio estereoscópico (lupa) pelos estudantes, que os desenharam e coloriram após observação atenta. Em seguida, com o auxílio de bibliografia, pesquisaram e indicaram as estruturas presentes nesses organismos. Seguiu-se então a aula teórica sobre estes assuntos e, posteriormente, a avaliação. Observou-se que esta estratégia de ensino é mais estimulante para os alunos e pode oferecer uma visão mais concreta e real dessas plantas, livre dos equívocos normalmente presentes quando apenas imagens e o livro didático são utilizados para o ensino. Concluiu-se que o desenho de observação constitui uma potente ferramenta para uma aprendizagem mais estimulante, enriquecedora e criativa dos conteúdos de Botânica.

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